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MICROECONOMIA


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Microeconomia

Transferências de renda, microcrédito, reajustes da aposentadoria: o dinheiro pequeno que fortalece a economia, gera emprego e renda para o Brasil grande

Os governos Lula e Dilma reduziram a pobreza e a desigualdade investindo no Bolsa Família, garantindo aumentos reais para o salário mínimo e para as aposentadorias, e oferecendo microcrédito. Os R$ 500,00 que a costureira toma emprestado para comprar uma nova máquina faz milagres nas mãos de quem mais precisa. E o milagre se multiplica quando ele circula na economia e ajuda o Brasil a crescer com distribuição de renda e inclusão social.

Em 2016, o Bolsa Família teve impacto de R$ 49 bilhões sobre o PIB, pois de acordo com cálculos do Ipea para cada R$ 1,00 investido no programa (R$ 27,5 bilhões em 2016) há retorno de R$ 1,78 para a economia; o reajuste do salário mínimo, por exemplo, injetou ao longo de 2016, R$ 57 bilhões na economia, segundo dados do Dieese; os empréstimos tomados pelos pequenos empreendedores, via Programa microcrédito produtivo Crescer, colocaram outros R$ 27,6 bilhões, em valores atualizados para 2022, em circulação.

Mesmo pequeno, o dinheiro na mão dos mais pobres ajuda a girar a roda da economia. Com o Bolsa Família, os beneficiários passaram a comprar bem mais do que antes. Iogurte para as crianças, máquina de lavar roupa em suaves prestações. Como são milhões de brasileiros comprando a mais, o supermercado e a loja vendem muito mais iogurte e máquina de lavar; logo, compram mais dos fabricantes; logo, contratam mais vendedores.

O Bolsa Família, a aposentadoria, o salário mínimo e o microcrédito aqueceram o comércio e a indústria, ajudando a girar a roda da economia. | Foto: Marcelo Curia/MDS

O Bolsa Família, a aposentadoria, o salário mínimo e o microcrédito aqueceram o comércio e a indústria, ajudando a girar a roda da economia. | Foto: Marcelo Curia/MDS

Com o crescimento da demanda, os fabricantes aumentam a produção e contratam mais trabalhadores, aumenta a contratação de serviços como de manicures a cabeleireiras e cabeleireiros e a demanda por alimentação em restaurantes e lanchonetes; com o aumento dos postos de trabalho e da geração de renda, são mais trabalhadores recém-contratados pelo comércio e pela indústria, com mais renda, contratando serviços e comprando mais iogurte, máquina de lavar, moto, carro e até imóvel, pelo Minha Casa Minha Vida. E é assim que cada R$ 1,00 do Bolsa Família acrescenta R$ 1,78 ao PIB e aumenta em R$ 2,34 o consumo das famílias.

Em 2016, o Bolsa Família teve impacto de R$ 49 bilhões sobre o PIB, pois de acordo com cálculos do Ipea para cada R$ 1,00 investido no programa (R$ 27,5 bilhões em 2016) há retorno de R$ 1,78 para a economia; o reajuste do salário mínimo, por exemplo, injetou, ao longo de 2016, R$ 57,0 bilhões na economia, segundo dados do Dieese; os empréstimos tomados pelos pequenos empreendedores, via Programa microcrédito produtivo Crescer, colocaram outros R$ 27,6 bilhões, em valores atualizados para 2022, em circulação.

Mesmo pequeno, o dinheiro na mão dos mais pobres ajuda a girar a roda da economia. Com o Bolsa Família, os beneficiários passaram a comprar bem mais do que antes. Iogurte para as crianças, máquina de lavar roupa em suaves prestações.. Como são milhões de brasileiros comprando a mais, o supermercado e a loja vendem muito mais iogurte e máquina de lavar; logo, compram mais dos fabricantes; logo, contratam mais vendedores.

Com o crescimento da demanda, os fabricantes aumentam a produção e contratam mais trabalhadores, aumenta a contratação de serviços como de manicures a cabeleireiras e cabeleireiros e a demanda por alimentação em restaurantes e lanchonetes; com o aumento dos postos de trabalho e da geração de renda, são mais trabalhadores recém-contratados pelo comércio e pela indústria, com mais renda, contratando serviços e comprando mais iogurte, máquina de lavar, moto, carro e até imóvel, pelo Minha Casa Minha Vida. E é assim que cada R$ 1,00 do Bolsa Família acrescenta R$ 1,78 ao PIB e aumenta em R$ 2,34 o consumo das famílias.

Saiba mais sobre o Bolsa Família

Com o Bolsa Família, os beneficiários passaram a comprar bem mais do que antes. | Foto: Divulgação/MDS

Com o Bolsa Família, os beneficiários passaram a comprar bem mais do que antes. | Foto: Divulgação/MDS

Nordeste lidera operações de microcrédito

Das 11,5 milhões de operações do Programa microcrédito produtivo Crescer realizadas entre 2011 e 2014, 6,7 milhões (71%) foram realizadas por microempreendedores do Nordeste. Do total de operações, 3,2 milhões (34%) foram efetivadas por beneficiários do Bolsa Família.

Saiba mais sobre o impacto do salário mínimo na economia.

Recursos na mão dos mais pobres movimentam vendas no varejo

O volume de vendas do comércio varejista dobrou nos governos do PT, com a geração recorde de empregos, a política de valorização do salário mínimo e programas de transferência de renda. Os 42 milhões de brasileiros que subiram para a classe C são os responsáveis pelo aumento do mercado de consumo, e uma das suas principais ferramentas é a oferta de crédito. A classe C, que em 2003 representava 38% da população, cresceu para 54%: 108 milhões de pessoas consumiram R$ 1,17 trilhão em 2013 e movimentaram 58% do crédito no Brasil, segundo dados do instituto DataPopular.

Melhoria de renda vem acompanhada de mais saúde e mais educação

A superação da extrema pobreza e a ascensão à classe C de milhões de brasileiros geram aumento de consumo, mais produção e investimentos, número recorde de empregos. E geram também um outro círculo virtuoso, ajudando a construir um país melhor. Com o Bolsa Família, por exemplo, os pais podem manter os filhos na escola – aliás, são obrigados a fazê-lo. O programa se preocupa com as crianças desde cedo, até antes do nascimento: exames pré-natais, avaliações médicas periódicas e cobertura vacinal. Crescendo com mais saúde e mais educação, as crianças tornam-se adultos mais qualificados para o mercado de trabalho. Seus filhos já não precisarão do Bolsa Família. Terão diante de si um caminho de outras oportunidades: creche, escola em tempo integral, ensino técnico, acesso ao ensino superior...Portas que foram abertas nos governos Lula e Dilma.

Aspas PALAVRA DO LULA

Milagre foi combinar macro e microeconomia

“A ampliação da renda, combinada com a valorização dos salários e a democratização do crédito, está na raiz do milagre que nós fizemos. O grande milagre deste país é que nós conseguimos combinar uma boa política macroeconômica com uma extraordinária política microeconômica. A microeconomia que está aqui faz com que a nossa macroeconomia também seja respeitada no mundo.”

Presidente Lula, solenidade "10 anos do Bolsa Família”, 30/10/2013.

Aspas PALAVRA Da Dilma

A conquista do mercado interno

“Entre as conquistas durante o governo do presidente Lula, e com o meu governo, é que avançamos de forma muito significativa na democratização do crédito. E esse acesso ao crédito permitiu que milhões de famílias no nosso país comprassem eletrodoméstico, computador, automóvel, casa própria, viajassem, inclusive pela primeira vez de avião... Esse mercado consumidor incentiva o crédito para dinamizar a produção do Brasil, gerar empregos, sustentar o crescimento de nossa economia. E também permitiu a todos os brasileiros e brasileiras deste país perceber a enorme força do nosso mercado internoo.”

Presidenta Dilma

Com o Bolsa Família, os pais podem manter os filhos na escola, ajudando a construir um país melhor. | Foto: Sérgio Amaral / MDS

Com o Bolsa Família, os pais podem manter os filhos na escola, ajudando a construir um país melhor. | Foto: Sérgio Amaral/MDS

Crédito e Microcrédito


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Microcrédito produtivo muda a vida de milhões de brasileiros

Em apenas três anos e meio desde sua criação, o programa de microcrédito Crescer emprestou R$ 27,6 bilhões (em R$ de 2022) em 11,5 milhões de operações de crédito.

O valor médio do empréstimo era de R$ 1,4 mil, o equivalente a R$ 2,4 mil em R$ de 2022. Pode parecer pouco, mas é uma injeção de capital e tanto para quem sonha em abrir ou ampliar um pequeno negócio. O acesso aos recursos é feito por meio do Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banrisul, Banestes e Agência de Fomento do Paraná. E adivinha para onde vão esses empréstimos? A maior parte (71%), para onde eles são mais necessários: o Nordeste. E do total de operações feitas pelo Crescer, 3,2 milhões foram realizadas por beneficiários do Bolsa Família correndo atrás da autonomia financeira.

Em pouco mais de três anos, o programa de microcrédito produtivo orientado Crescer emprestou R$ 27,6 bilhões em 11,5 milhões de operações a juros baixos. | Foto: Eduardo Aigner/MDS

Em pouco mais de três anos, o programa de microcrédito produtivo orientado Crescer emprestou R$ 27,6 bilhões em 11,5 milhões de operações a juros baixos. | Foto: Eduardo Aigner/MDS

Carteira do crédito consignado chega a R$ 272,5 bilhões

Reivindicação das centrais sindicais, atendida pelo governo Lula, o crédito consignado – cujas parcelas são deduzidas diretamente da folha de pagamento da pessoa física - ajudou a ampliar o acesso ao crédito pelos trabalhadores assalariados e beneficiários do INSS, além de reduzir as taxas de juros cobradas nestas operações. Em dezembro de 2015, o volume total de crédito consignado foi de R$ 272,5 bilhões (R$ 21,2 bi para trabalhadores da iniciativa privada, R$ 165,8 bi para servidores públicos e R$ 85,5 bi para aposentados e pensionistas do INSS). Um aumento de 103% em relação ao mesmo período de 2008, segundo dados do Banco Central.

Em 2015, o volume total de crédito consignado foi de R$ 272,5 bilhões. | Foto: Ana Nascimento/CCE

Em 2015, o volume total de crédito consignado foi de R$ 272,5 bilhões. | Foto: Ana Nascimento/CCE

Aposentados e pensionistas estão entre maiores beneficiados

O volume de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, que beneficia principalmente aos mais pobres, saltou de R$ 30,7 bilhões em dezembro de 2008 para R$ 85,5 bilhões em dezembro de 2015, crescimento de 178%. Com as facilidades oferecidas pelo crédito consignado, mais a política de valorização do salário mínimo e a gratuidade de medicamentos para diabetes, hipertensão e asma, além do desconto de até 90% em outros 119 medicamentos disponíveis na Farmácia Popular, os aposentados e pensionistas ganharam reforço no orçamento e muito mais qualidade de vida. Antes dos governos de Lula e Dilma, acontecia o oposto: as aposentadorias e as pensões eram bem mais baixas, uma vez que não havia uma política concreta de valorização do salário mínimo; tampouco existia a disponibilização gratuita de medicamentos para os idosos, um dos itens que mais pesavam no bolso de aposentados e pensionistas.

De 2008 a 2015, o volume de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS teve crescimento de 178%. | Foto: Ubirajara Machado

De 2008 a 2015, o volume de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS teve crescimento de 178%. | Foto: Ubirajara Machado

Crédito rural e fomento fortalecem a lavoura dos pequenos produtores do interior

Os R$ 2,2 bilhões a que poucos agricultores familiares, concentrados na região Sul, tiveram acesso em 2002 transformaram-se nos R$ 24,1 bilhões na safra 2014/2015, disponíveis para todo o Brasil. Com mais crédito do Pronaf – além de expansão da rede de assistência técnica, programas de aquisição de alimentos, Luz para Todos, Água para Todos etc – milhões de famílias puderam plantar e colher com segurança, comercializar com lucro e fortalecer as raízes na terra natal. A migração do campo para a cidade caiu a cada dia. Para combater os efeitos da seca no Nordeste, a maior das últimas décadas, o governo Dilma criou o Plano Safra do Semiárido, destinando R$ 7 bilhões à agropecuária da região, além de um benefício mensal de R$ 80 – a Bolsa Estiagem -– que chegou a ser pago para 1,3 milhão de agricultores temporariamente impedidos de produzir devido à estiagem no momento mais grave da seca, em janeiro de 2014.

Das 287 mil famílias agricultoras beneficiadas com assistência técnica pelo Plano Brasil Sem Miséria, mais de 120 mil receberam recursos do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais entre 2011 e 2014. São R$ 2,4 mil por família, divididos em três parcelas, a fundo perdido, para financiar a implantação dos projetos de estruturação produtiva elaborados pelos técnicos. O dinheiro pode ser utilizado na compra de mudas, sementes, adubos, ferramentas e animais, ou então custear atividades não agrícolas, como uma oficina de costura, desde que gere renda para as famílias beneficiárias.

Entre 2011 e 2014, 287 mil famílias agricultoras foram beneficiadas com assistência técnica pelo Plano Brasil Sem Miséria. | Foto: Sergio Amaral/MDS

Entre 2011 e 2014, 287 mil famílias agricultoras foram beneficiadas com assistência técnica pelo Plano Brasil Sem Miséria. | Foto: Sergio Amaral/MDS

Inclusão bancária


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Cidadania avança com a inclusão bancária de mais de 45 milhões de brasileiros

A extraordinária inclusão social promovida pelos governos do PT reflete-se também na inclusão bancária. Em apenas oito anos de governo Lula, 45 milhões de brasileiros – contingente maior que a população da Argentina à época (41 milhões) – passaram a ter acesso a serviços bancários. Uma vez que os mais pobres, nos governos anteriores, praticamente não tinham renda, não fazia sentido abrir conta corrente ou poupança. Com a geração de empregos, a valorização do salário mínimo, os programas de transferência de renda e outras políticas de combate à desigualdade de Lula e Dilma, manter uma conta corrente passou a fazer todo o sentido – para organizar as finanças, fazer o dinheiro render, ter acesso a crédito, comprar à prestação o que não pode ser pago à vista. Questão de cidadania.

A inclusão bancária das famílias de baixa renda aumentou significativamente nos governos Lula e Dilma. Entre 2003 e 2010, o número de pessoas físicas com vínculo a um banco ou cooperativa de crédito saltou de 70 milhões para 115 milhões. Em oito anos de governo Lula, o número de brasileiros com acesso a serviços bancários passou de 40% para 59%, e continuou crescendo com Dilma, chegando a 68% em 2014.

Com a geração de empregos, a valorização do salário mínimo e os programas de transferência de renda, mais de 45 milhões de brasileiros foram incluídos no sistema bancário. | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Com a geração de empregos, a valorização do salário mínimo e os programas de transferência de renda, mais de 45 milhões de brasileiros foram incluídos no sistema bancário. | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Contas simplificadas facilitam acesso bancário aos beneficiários de programas sociais

A criação das contas especiais de depósitos à vista, mais conhecidas como contas correntes simplificadas, facilitou o acesso da população de baixa renda – em especial os beneficiários de programas sociais e microempreendedores – aos serviços bancários em geral e, consequentemente, ao crédito. A conta simplificada é isenta de tarifas e não exige comprovação de renda ou endereço. Entre 2011 e 2013, o número dessas contas ativas saltou de 6,9 milhões para 8,7 milhões, a maioria em bancos públicos federais. Cerca de 3 milhões dessas contas foram abertas por beneficiários do Bolsa Família, em agências da Caixa.

Dobrou o número de usuários de cartão de crédito

O uso do cartão de crédito também avançou. De acordo com pesquisa divulgada em 2013 pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), o número de usuários de cartão mais do que dobrou entre 2008 e 2012, passando de 18% para 41%. O avanço, segundo a Fecomércio/RJ, é compatível com o processo de formalização do mercado de trabalho. A criação de empregos formais significa depósitos em conta corrente por parte das empresas, abertura de conta por parte dos trabalhadores e maior acesso destes a ferramentas de crédito, como o cartão. Além disso, o crescimento do rendimento médio do trabalhador contribuiu para o maior acesso ao crédito.

Com suas agências-barcos, a Caixa Econômica Federal leva inclusão bancária às populações ribeirinhas da Amazônia e da ilha de Marajó | Foto: Divulgação/Caixa

Com suas agências-barcos, a Caixa Econômica Federal leva inclusão bancária às populações ribeirinhas da Amazônia e da ilha de Marajó | Foto: Divulgação/Caixa

Supersimples


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Supersimples unifica e reduz impostos beneficiando 8,7 milhões de micro e pequenas empresas

Com Lula e Dilma, as micro e pequenas empresas conquistaram o reconhecimento pelo papel fundamental que desempenham no crescimento econômico, na geração de emprego e na inclusão social. Lula sancionou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que, entre outros avanços, instituiu o Simples Nacional, reduzindo a carga tributária dos micro e pequenos empreendedores em até 40%. O governo Dilma sancionou, em 2014, Projeto de Lei Complementar que reduziu as alíquotas de imposto, elevou o teto de faturamento para adesão ao regime diferenciado de tributação, que foi denominado Supersimples – abrangendo maior número de empresas – e incentivando as exportações.

Dilma também criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério, para ampliar ainda mais a capacidade de o Estado brasileiro atender a esse importante segmento de empresas – nada mais justo para com um setor que representava 99% do universo empresarial brasileiro, 52% dos empregos formais e 25% do PIB, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O Simples Nacional entrou em vigor em 2007, unificando oito impostos (seis federais, um estadual e um municipal), reduzindo drasticamente a carga tributária sobre o pequeno empreendedor, aumentando a arrecadação e estimulando a abertura e formalização de milhões de pequenos negócios. Em 2016 eram mais de 11 milhões de optantes, entre micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, responsáveis por uma arrecadação de R$ 228 bilhões, entre 2007 e 2013.

O Simples Nacional entrou em vigor em 2007, unificando oito impostos, reduzindo a carga tributária e estimulando a abertura e formalização de milhões de pequenos negócios | Foto: Agência Brasil

O Simples Nacional entrou em vigor em 2007, unificando oito impostos, reduzindo a carga tributária e estimulando a abertura e formalização de milhões de pequenos negócios | Foto: Agência Brasil

Pequenos negócios geram 7 milhões de empregos formais em 11 anos

Os pequenos negócios – aqueles que faturam no máximo R$ 3,6 milhões por ano – foram responsáveis pela geração de oito milhões de novos empregos com carteira assinada entre dezembro de 2002 e dezembro de 2015, consolidando-se como os principais empregadores da economia formal. Segundo o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o segmento foi responsável, em 2015, pela geração de 17,5 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, (53,8% da mão de obra empregada no país), e era responsável pelo pagamento de 43,5% da massa de salários do Brasil.

Segmento dobra participação nas compras governamentais

Além do Simples Nacional, um dos grandes avanços da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, sancionada por Lula, é o incentivo à participação do segmento nas compras governamentais – as licitações para compras até R$ 80 mil poderão, inclusive, se destinar exclusivamente às Micro e Pequenas Empresas. Em 2006, antes da entrada em vigor da Lei, os pequenos negócios foram responsáveis por 15% das compras governamentais (R$ 2 bilhões), segundo o Sebrae; em 2012, essa participação dobrou para 30% (R$ 15 bilhões).

Nova medida universaliza simplificação tributária e deverá beneficiar 450 mil micro e pequenas empresas

O que era bom ficou melhor. Em agosto de 2014, a presidenta Dilma sancionou a lei complementar 147/2014, que universalizou a simplificação tributária para micro e pequenas empresas. Mais 140 novas atividades, ligadas ao setor de serviços, passaram a ter direito de aderir ao Supersimples, como médicos, advogados, fisioterapeutas, engenheiros e jornalistas.

Desmonte


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Desmonte

O golpe de 2016 e a posterior eleição de Bolsonaro comprometeram em muito o bem-estar da população brasileira. A fome voltou, a pobreza e a extrema pobreza cresceram continuamente, assim como o desemprego e o trabalho precário e sem direitos. A vulnerabilidade social se ampliou. Desigualdade e exclusão voltaram a ser a norma. E a garantia de direitos voltou a ser uma pauta permanente de luta.

A fome era hereditária: a extrema pobreza passava de geração para geração

Foram 13 anos seguidos de trabalho ininterrupto até tornar-se a principal vitrine de combate à fome do mundo, com programas premiados e ações servindo de base para políticas semelhantes em todos os continentes.

Os números do período são tão expressivos que dá para dividir o Brasil em antes e depois de Lula e Dilma, quando problemas praticamente enterrados voltaram, fazendo com que milhões de brasileiros não tivessem o que comer.

Uma dessas lembranças nos leva para o início do governo Lula. Na época, o presidente reafirmou que todo brasileiro tinha direito a no mínimo três refeições por dia. Mas como ele faria isso? Criando o maior programa de transferência de renda do mundo, que - ampliado e aprofundado no governo Dilma, atendeu a mais de 13,9 milhões de famílias, em torno de 50 milhões de pessoas

O Bolsa Família, portanto, colocou em prática um projeto de país capaz de promover a inclusão e a cidadania, além de gerar emprego, aquecer a economia, aumentar a escolaridade, reduzir a mortalidade infantil e, sobretudo, tirar o povo da pobreza.

Graças à estratégia de busca ativa do Plano Brasil Sem Miséria, entre 2011 e 2015, 1,7 milhão de famílias extremamente pobres foram localizadas e incluídas no Cadastro Único, passando a contar com uma extensa rede de proteção social. A busca ativa inverteu uma velha lógica: em vez de esperar que os mais pobres batam à sua porta, o Estado vai aonde a extrema pobreza está – a pé, de automóvel ou barco, das periferias das grandes cidades às comunidades isoladas, de difícil acesso, como quilombos e aldeias indígenas, levando inclusão social e cidadania.

Desde a interrupção do governo Dilma, o Programa Bolsa Família esteve sob permanente ameaça, com ataques ao programa e a seus beneficiários. No governo Bolsonaro, com recorrentes acusações de fraudes e de “preguiça” aos beneficiários, o incentivo ao ódio e o preconceito contra os mais pobres tornou-se uma ação deliberada, demonstrado em inúmeras declarações de membros do governo. Nesta narrativa, voltou a ganhar força a ideia de que o pobre seria o único responsável por sua condição de pobreza e que bastaria a essas famílias uma dose extra de esforço para alterar sua situação.

Sob os governos Temer e Bolsonaro, o Cadastro Único foi atacado e desprezado, e a rede de programas sociais que o utilizava foi sucateada. Muitas famílias sequer conseguiram se inscrever no Cadastro.

Após o golpe de 2016, o Governo Temer passou a remunerar os municípios que excluíssem famílias do Cadastro Único e do Bolsa Família, executando seu projeto de desmonte dos programas sociais. Para piorar, o governo Bolsonaro cortou 67% dos recursos de serviços socioassistenciais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além de reduzir à míngua os valores repassados aos Estados e Municípios para a gestão do cadastro. A denúncia foi feita por Tereza Campello, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma.

Em 2018, o Brasil voltou ao Mapa da Fome, e as lembranças de um passado recente em que comer era um direito assegurado logo vieram à tona. Para além da polarização política, os inúmeros retrocessos iniciados logo após o golpe contra Dilma geraram uma onda de estudos para entender como os governos petistas conseguiram enfrentar um inimigo tão implacável quanto a miséria.

Com o início da pandemia, o Congresso Nacional decidiu pelo pagamento de um Auxílio Emergencial de R$ 600, o triplo do proposto inicialmente pelo governo Bolsonaro. O benefício foi pago somente até dezembro, e em 2021, ainda no auge da pandemia, voltou a ser pago somente em meados de abril.

Com a implantação do Auxílio Brasil, em outubro de 2021, o número de beneficiários de transferência de renda caiu dos 39,4 milhões atendidos pelo Auxílio Emergencial em 2021, para 18 milhões em fevereiro de 2022. As famílias foram excluídas sem que tivesse sido realizada ao menos uma avaliação daquelas que continuavam em situação de pobreza. Milhões de pessoas foram jogadas na renda zero de uma hora para outra.

O Programa Bolsa Família, que contava então com 18 anos de existência, com reconhecimento internacional quanto à sua eficiência e eficácia comprovadas por mais de 100 mil estudos independentes, foi extinto. Isto tudo sem apresentar qualquer documento técnico que justificasse sua substituição.

O Programa Auxílio Brasil representou um retrocesso. A proposta reuniu um conjunto de medidas fragmentadas e de difícil operacionalização, e desprezou os mecanismos de articulação com quem vai operar o programa na ponta. O desenho ignorou o aprendizado de quase duas décadas de funcionamento e aprimoramentos do Programa Bolsa Família, ampliando a insegurança e os custos de operação do programa.

Na prática, substituiu-se o Bolsa Família por um programa que é o seu oposto. Foram destruídas as bases que garantiram que o Bolsa Família se transformasse no maior, melhor e mais eficiente programa de transferência de renda do mundo. Em 2023, durante o terceiro mandato do presidente Lula, o programa Bolsa Família foi retomado.

CadÚnico foi fundamental na pandemia

Em 2020, ficou evidente a importância de um sistema como o Cadastro Único, mesmo com a tentativa do governo de destruí-lo. Os impactos sociais e econômicos da pandemia do coronavírus tornaram necessária uma política de transferência de renda em caráter de urgência. O auxílio emergencial foi aprovado, apesar da má vontade do governo federal, mas o dinheiro demorou a chegar na mão dos que necessitavam. E não precisava ter sido assim. “É bom lembrar que o Cadastro Único estava pronto, o Estado estava preparado para atuar em um momento como esse. Isso só aconteceu porque tínhamos política pública e uma rede de proteção voltada para a população de baixa renda”, explicou Tereza Campello, em entrevista ao Brasil de Fato.

Salário mínimo

O aquecimento do mercado de trabalho iniciado com o governo Lula teve efeito positivo na renda do trabalhador e da trabalhadora. Entre 2002 e 2015, o rendimento médio do trabalho das pessoas de 15 anos ou mais cresceu 38%. A política de fortalecimento do salário mínimo foi a principal ação para a ampliação da renda do trabalho e a redução das desigualdades: o reajuste garantia a reposição total da inflação mais o crescimento do PIB de dois anos antes. Dessa forma, o salário mínimo aumentou 77,2% em termos reais nos 13 anos de governos progressistas.

A partir de 2017, no governo Temer, o salário mínimo deixou de incorporar o crescimento do PIB, passando a ser corrigido somente pela inflação. Essa política de reajuste foi mantida no governo Bolsonaro.

O Bolsa Família é esmola?

Não existe bolsa esmola. O Bolsa Família é um programa de transferência condicionada de renda. Isso significa que, para ter direito ao benefício, é preciso cumprir condicionalidades como, por exemplo, manter os filhos estudando. E mais: cada R$ 1 investido no Bolsa Família tem um retorno direto de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB). Graças ao benefício, o PIB cresceu R$ 41 bilhões em 2013. O dinheiro do Bolsa Família aumenta o poder de compra dos beneficiários. Comprando mais, eles incentivam o comércio a crescer, que por sua vez incentiva a indústria a produzir mais, aquecendo a economia e gerando mais empregos. Ou seja: o Bolsa Família é bom não apenas para quem recebe, mas para o Brasil e os brasileiros em geral.

Para que serve o microcrédito? De que adianta um empréstimo de R$ 500?

O microcrédito é uma injeção e tanto de capital para quem sonha em abrir ou ampliar um negócio. E muitas vezes uma quantia pequena, como R$ 500, por exemplo, é o que falta para tornar o sonho real. Em apenas dois anos, o programa de microcrédito produtivo Crescer colocou R$ 9 bilhões em circulação na economia. Mais uma vez, o que é bom para os mais pobres é bom para todos.

Que diferença faz reajustar o salário mínimo em R$ 40 ou R$ 50? É muito pouco!

Os governos do PT têm um compromisso histórico com a ampliação da renda do trabalhador. Por isso, o salário mínimo teve reajuste real de 74% entre 2003 e 2016. Isso foi uma das principais razões para a drástica redução da pobreza.

Os governos Lula e Dilma vivem comemorando a tal inclusão bancária. Para que pobre precisa ter conta em banco?

Antes, quando os mais pobres não tinham praticamente nada, talvez não fosse tão importante assim. Mas com a geração de empregos, a valorização do salário mínimo, os programas de transferência de renda e outras políticas de combate à desigualdade de Lula e Dilma, manter uma conta corrente passou a fazer todo o sentido. Ela serve para organizar as finanças, faz o dinheiro render, dá acesso a crédito, permite comprar à prestação o que não pode ser pago à vista. Em apenas oito anos de Governo Lula, 45 milhões de brasileiros conquistaram acesso a serviços bancários.

O crédito consignado para aposentados e pensionistas não é uma armadilha para eles, que pegam dinheiro emprestado e depois não podem pagar?

Pelo contrário. O crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS beneficia principalmente os mais pobres. Juntamente com a política de valorização do salário mínimo e a gratuidade de medicamentos para diabetes, hipertensão e asma, além do desconto de até 90% em outros 115 itens disponíveis na Farmácia Popular, o crédito consignado garante reforço no orçamento e muito mais qualidade de vida. E os baixos índices de inadimplência são mais uma prova de que o brasileiro é responsável e sabe cuidar de suas finanças.